Escolas transformadas em "torres de Babel"

Em 2005, inscreveram-se no Ensino Básico quase 77 mil alunos oriundos de minorias étnicas. Destes, mais de 28 mil são de origem africana, 1300 asiáticos e 39200 europeus, principalmente do Leste da Europa. Desde 2002 que a Fundação Gulbenkian prepara um projecto sobre diversidade linguística na escola portuguesa. Ontem, num colóquio organizado para apresentação de um CD, o multilinguismo foi defendido como "riqueza" cultural. Novas políticas de educação linguística foram defendidas, assim como lançados alertas de que os docentes precisam de conhecer as culturas de origem dos seus alunos.
"Parece que as escolas se transformaram em verdadeiras torres de Babel", afirmou Luisa Solla, da Escola Superior de Educação de Setúbal. Para esta professora, os decisores políticos deveriam incentivar experiências bilingues de aprendizagem. Presente na sessão de abertura, a ministra da Educação reconheceu que os professores enfrentam o desafio do multilinguismo quase sem apoios. Maria de Lurdes Rodrigues acredita que o projecto de investigação da Gulbenkian permitirá "melhorar as condições de aprendizagem dos alunos estrangeiros".
Valorizar línguas de origem
A investigação da Gulbenkian, explicou Maria Helena Mateus da direcção da Fundação, pretendia apurar as dificuldades dos alunos estrangeiros, aumentar as suas possibilidades de sucesso escolar e fomentar o papel das línguas de origem.
O CD lançado ontem "oferece metodologias aos professores. Não tem receitas mas modelos", explicou, ao JN, Dulce Pereira, uma das coordenadoras da investigação. É "um instrumento de trabalho que deverá apelar à criatividade dos docentes". Contém testes e textos para, por exemplo, "desenvolver a capacidade narrativa, aspectos ortográficos ou pronúncia dos alunos". Claro, sublinhou, depois cada docente tem de adequar esses métodos à sua realidade. Já para Ana Bettencourt, também da Escola Superior de Educação de Setúbal, o "trabalho é uma pedra no charco", que coloca às escolas o desafio de encararem a diversidade uma forma de inclusão das comunidades imigrantes.
"Parece que as escolas se transformaram em verdadeiras torres de Babel", afirmou Luisa Solla, da Escola Superior de Educação de Setúbal. Para esta professora, os decisores políticos deveriam incentivar experiências bilingues de aprendizagem. Presente na sessão de abertura, a ministra da Educação reconheceu que os professores enfrentam o desafio do multilinguismo quase sem apoios. Maria de Lurdes Rodrigues acredita que o projecto de investigação da Gulbenkian permitirá "melhorar as condições de aprendizagem dos alunos estrangeiros".
Valorizar línguas de origem
A investigação da Gulbenkian, explicou Maria Helena Mateus da direcção da Fundação, pretendia apurar as dificuldades dos alunos estrangeiros, aumentar as suas possibilidades de sucesso escolar e fomentar o papel das línguas de origem.
O CD lançado ontem "oferece metodologias aos professores. Não tem receitas mas modelos", explicou, ao JN, Dulce Pereira, uma das coordenadoras da investigação. É "um instrumento de trabalho que deverá apelar à criatividade dos docentes". Contém testes e textos para, por exemplo, "desenvolver a capacidade narrativa, aspectos ortográficos ou pronúncia dos alunos". Claro, sublinhou, depois cada docente tem de adequar esses métodos à sua realidade. Já para Ana Bettencourt, também da Escola Superior de Educação de Setúbal, o "trabalho é uma pedra no charco", que coloca às escolas o desafio de encararem a diversidade uma forma de inclusão das comunidades imigrantes.
Por Alexandra Inácio
JMCouto
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