A Importância da Música para os Bebés
Recorre-se cada vez mais à Música para fomentar as potencialidades criadoras e favorecer o desenvolvimento de todas as faculdades humanas, na adaptação às exigências da época, tendo em conta os avanços científicos, psico-pedagógicos e musicais. De facto, a arte musical apresenta grandes vantagens em termos cognitivos e comportamentais, incrementa o raciocínio espacio-temporal, o pensamento lógico e a aptidão para as matemáticas, estimula a criatividade e o gosto artístico musical, cria um ambiente calmo em família, tem um efeito positivo nas grávidas, contribui para que a criança chore menos e seja mais calma, torna o bebé mais apto para a língua e a linguagem, para a experiência cativante do belo nas artes, para a escuta ecológica dos sons da natureza. Na medida em que proporcione calma e descontracção, segurança e conforto, a música estimula o cérebro do bebé e abre-lhe o leque de aptidões intelectuais futuras. As experiências e jogos musicais intuitivos feitos pelas mães, pais, avós e avôs, são hoje corroborados pelas experiências clínicas, os progressos da neurociência e a pesquisa musical. A audição de música torna-se, um factor de desenvolvimento neurológico do bebé, sobretudo quando abarca todo o espectro sonoro audível (20-20000 Hz), sons graves, médios e agudos.
Para a criança, o canto não é uma simples imitação: desperta o sentido do ritmo, da melodia e da harmonia, da escala, dos acordes e da tonalidade.
Tendo em conta que a criança até aos sete anos vive sobretudo da sensorialidade, há toda a vantagem em expor e treinar as crianças sensorialmente de modo a fazer-se a natural descoberta da intensidade, timbre e altura. Os pequeninos precisam, obviamente, de variar. Não se pode usar sempre a mesma canção, nem sempre o mesmo instrumento.
Pelos dois ou três anos, a criança improvisa frequentemente melodias numa base não métrica e não tonal, fundada nas suas vivências pessoais e no vocabulário de que já dispõe. Não é de esperar que tenha, nessa idade, grande coerência em termos de discurso verbal e musical. De qualquer modo, o educador pode aproveitar essa aptidão e completá-la. De facto, essa tendência desaparece com o despertar das funções intelectuais. Em forma de jogo musical, o educador pode fomentar a criatividade à medida que a criança vai crescendo, consciencializando de forma progressiva para as noções de frase, cadência e forma musical.
Márcia Azevedo
1 Comments:
At 14/1/07 22:34,
Anónimo said…
Haverá música nos bebés?
Não será "A impor`^ancia da Música para os bebés"?.
Mais uma reflexão pertinente esta, a lançada pela Márcia.
Assim se "fazem" boas educadoras.
Um abraço
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